Na década dos ano 90, mais precisamente em 1997, teve início a corrida para regularização de armas no País, buscando um órgão que centraliza-se todos os dados do proprietário e da armas de fogo. Ajustes propostos por órgãos internos e mundiais, devido ao elevado índice de ferimentos por armas de fogo. Passamos por um período de seis anos com algumas restrições impostas pelo SINARM à Polícia Civil, direcionadas a quem fosse adquirir uma arma de fogo.

Até esta data tínhamos dois caminhos para registro de armas de fogo, Polícia Civil para o cidadão civil e Exército Brasileiro (SFPC/SIGMA) para os CACs. Entra neste momento Polícia Federal (SINARM) para o controle de armas e munições, exigindo alguns itens a mais para que o cidadão pudesse adquirir uma arma de fogo. Os ajustes se completaram em 23 de dezembro de 2003, na calada de final do ano, o governo resolve aprovar a lei 10.826, impondo ao cidadão de bem algumas restrições para aquisição de armas de fogo.

Neste momento a Polícia Federal (SINARM) atendendo solicitação do governo e acatando a Lei 10.826 (Estatuto do Desarmamento) agilizou trabalhos inerentes ao recadastramento de armas e controle de munições.

Como na maioria dos órgãos públicos à falta de profissionais para os setores, a Polícia Federal abriu uma janela para trabalhos externos completando o trabalho interno para o cadastramento de armas no país. Em primeira instância buscou-se os instrutores de tiro e armeiros já credenciados no Exército com conhecimentos na área. Foram direcionados cursos complementares junto as fabricas de armas e posterior convocados e submetidos a provas teóricas em conhecimentos elencados a legislação brasileira, conhecimentos no manuseio com armas de fogo (desmontagem e montagem em primeiro escalão), comando em linha de tiro, provas teóricas com abrangência no conhecimento em legislação, nomenclatura, regras de segurança e aferição de tiro real em alvo humanoide.

Nesta primeira preparação para credenciamento de Instrutores de Armamento e Tiro, dos muitos candidatos inscritos, somente dezoito foram aprovados e credenciados. Nascia em Santa Catarina os primeiros I.A.Ts. credenciados junto ao SINARM/PF-SC, credenciamento válido por dois anos. A primeira experiência com os I.A.Ts em Santa Catarina deu tão certo junto a população na orientação, que se estendeu para o restante dos Estados do País.

Ao receber o primeiro certificado de I.A.T. lembro bem que algumas palavras foram proferidas pelo Sr. Delegado SR/SC, “ os Srs serão nossos colaboradores junto a população que esta desorientada quanto a regularização de armas, façam da melhor forma possível e com total credibilidade junto ao órgão que irão representar ’’.

Iniciamos em 2004 com dezoito e hoje chegamos a mais de dois I.A.Ts espalhados por este País. Chegou o momento em buscar para a classe um lugar de respeito, já que representamos uma classe de risco para nós mesmos, e de profundos conhecimentos junto ao cidadão que possui arma de fogo para defesa de si, de sua família e de seu patrimônio. Com esta missão solucionamos dois problemas, lembro das palavras quando do primeiro credenciamento de I.A.Ts, palavras estas proferidas por quem nos entregou os certificados de I.A.Ts, “ os Srs serão nossos colaboradores junto a população que esta desorientada quanto a regularização de armas, façam da melhor forma possível e com total credibilidade junto ao órgão que irão representar ’’ e segundo, a pessoa que passar por cursos junto a um I.A.T. jamais fara uso de sua ferramenta pelo simples fato, mas sim somente por efetiva necessidade.

A ABIAT VEM PARA FORTALECER, QUALIFICAR E BUSCAR SEUS OBJETIVOS JUNTO OS I.A.Ts ASSOCIADOS DO SUL AO NORTE DESTE PAÍS.